terça-feira, 25 de setembro de 2007

Estou no alpendre
onde albergo marinheiros
que enredaram o mar que me trouxe.

Às vezes,

o cigarro conjuga verbos da lua
que apazigua a água,
represa dos dias cantados
no átrio do horizonte...


...Viajo na madrugada do futuro

com o chão que a memória ama.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Sou de um lugar
há muito lembrado
nunca encontrado.

Sou pó de areia
vento que molda o chão
janela que proclama o deserto.

Caminho
no íntimo sorriso
da criança que me acolhe.

Por vezes sonho espaço,
Recomeço inadiável
do amor que te nutro.

domingo, 2 de setembro de 2007

Há dias,
feitos da intimidade filtrada na dor,
que rumorejam do caldo primordial;

Há dias
suspensos na voz dos dedos
que acariciam a ausência;

Há dias
que caminham no húmus
das gargalhadas dos amigos;

Em Abragão
reinventamos dias modulados
na requebra dos foguetes de Luzim.