terça-feira, 11 de maio de 2010

O frio congelou o instante da partida,
Sombra que obliterou
a ingenuidade dos dias descalços.

A dor, na luz da cidade,
de súbito silenciada,
com o teu chão nos passos sem rumo.

O vento traz cheiros,
das palmeiras? das micaias? das casuarinas?
ou apenas do teu sorriso nos rostos dissipados
pelo marulhar da memória...?

Oh meu deserto meu refúgio
minha gargalhada em flôr,
quero o pulsar da tua alma
e o fogo da tua seiva...
Quero...