quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

De repente,
o sol funde poeira perpétua,
apenas trânsito de luz.

Um café
três sorrisos de conversa
e a canoa resplandece.

O mar é desejo de ver
é sentir os pés na areia
é flutuar na requebra do vento
e redescobrir o Homem.




sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Habito o ser que me desabita
No súbito instante do entardecer
Voar
Sitiar o halo da baía
Deslizar
Vem madrugada
Traz noticias do Oriente

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Somos
átomo resistente
iodo
que poliniza o afecto dos lugares
tecemos
maresia de saudade
no Alto da cidade nossa.
Encontrar-te
na nudez da água
deserta
na melancolia da saudade
quebrada
Atónito

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

verbo água
desejo concreto de mar
semente
trilho rugas de seda
o deserto insiste
na mão que acaricia
o dorso indómito
planar
no ínfimo recanto do futuro

inacabado

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O mar ausente
pressente silêncio
pedra esculpida
no lento vagar do calor.

Deslizar...
Voar no milímetro
aconhego do orvalho hirto
e pleno dos teus olhos.