De súbito,
o sopro dilacera a essência do vento
que lapida a pedra,
os avós choram
e lágrimas secam o deserto.
Terrível, a dor que inunda o chão
e aniquila o verde dos progenitores.
Não olho o precipício
mas o Mar que clama marinheiros...
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
O frio congelou o instante da partida,
Sombra que obliterou
a ingenuidade dos dias descalços.
A dor, na luz da cidade,
de súbito silenciada,
com o teu chão nos passos sem rumo.
O vento traz cheiros,
das palmeiras? das micaias? das casuarinas?
ou apenas do teu sorriso nos rostos dissipados
pelo marulhar da memória...?
Oh meu deserto meu refúgio
minha gargalhada em flôr,
quero o pulsar da tua alma
e o fogo da tua seiva...
Quero...
Sombra que obliterou
a ingenuidade dos dias descalços.
A dor, na luz da cidade,
de súbito silenciada,
com o teu chão nos passos sem rumo.
O vento traz cheiros,
das palmeiras? das micaias? das casuarinas?
ou apenas do teu sorriso nos rostos dissipados
pelo marulhar da memória...?
Oh meu deserto meu refúgio
minha gargalhada em flôr,
quero o pulsar da tua alma
e o fogo da tua seiva...
Quero...
sexta-feira, 26 de março de 2010
Os metros são silenciosos
Súbitamente
Passos desajeitados
Antílopes graciosos
Cruzam-se na interrogação dos olhos
Represam a essência da laranja
como dunas sedentas de vento
Perfumadas com a framboesa do chocolate
O telefone toca
O auscultador permanece pousado
Não queres escutar
O vento de Março
invade as frestas da janela
Tráz seda
ou porto de afectos?
Súbitamente
Passos desajeitados
Antílopes graciosos
Cruzam-se na interrogação dos olhos
Represam a essência da laranja
como dunas sedentas de vento
Perfumadas com a framboesa do chocolate
O telefone toca
O auscultador permanece pousado
Não queres escutar
O vento de Março
invade as frestas da janela
Tráz seda
ou porto de afectos?
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