domingo, 15 de novembro de 2009

Como te dizer, Ó Mar,
que a geografia das ondas
ilumina a alma do vento,
e o silêncio da tarde é fogo,
é rosa sem fim,
é represa da espuma que me gera?

Como te dizer, Ó Mar,
que a Caravela esculpiu afectos de Seda
e rotas Etíopes para as manhãs,
sem muralhas?

Como te dizer, Ó Mar,
que a água liberta
a dor de te saber ausente
e a tristeza de não mais navegar?

Já estrela, extinta,
apenas ecos do viajante
que ousou Conhecer-te
e por ti se perdeu... Ó Mar...

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