terça-feira, 8 de setembro de 2009

Só o silêncio escuta cânticos do mar,
Só a criança rejubila ao tactear a fímbria da areia,
Só o vento poliniza a memória.

...Na cidade dos murmúrios,
imune às palavras vãs,
sensível às tonalidades do sol,
ora exuberante ora irrequieto, sempre flor,
aconchego lágrimas de praias descalças.

Despojado do chão,
tremo no véu da lua que beija a ria,
como se um súbito exílio
conquistasse o amor que só os olhos vêm.